Falsa_Acácia

Nomes vulgares: Robínia, Falsa-acácia, Acácia-da-terra, Acácia-de-flores-brancas, Acácia-bastarda, Acácia-boule, Acácia-para-sol
Nome científico: Robinia pseudoacacia L.

O nome científico e epíteto genérico utilizado para designar a acácia-bastarda, Robinia, é dedicado ao jardineiro Jean Robin, que foi o primeiro a cultivar esta árvore na Europa. Esta espécie foi transferida do seu habitat natural, inicialmente para França para o Jardim Real de Paris, estendendo-se depois para Barcelona e mais tarde para Madrid, onde foi plantada no antigo Jardim Botânico.
É uma planta antiespamódica, colagoga, emoliente e tónica. As suas sementes e a casca não devem ser ingeridas, assim como a sua raiz, pois são tóxicas. A sua madeira é utilizada para o fabrico de automóveis e brinquedos.
As flores de odor e sabor agradável, são comestíveis; com elas preparava-se antigamente uma água destilada à qual se atribuíam propriedades anti-histéricas. A madeira, que cortada adquire uma cor cinzento-dourada, é pesada, dura e bastante firme, pelo que se utiliza no fabrico de postes, em carretaria, em apeiria (apetrechos de lavoura) e para tornear, apesar de ser um pouco difícil de trabalhar. Ao secar, tende a deformar-se e racha-se com alguma facilidade; utilizou-se no passado na construção de edifícios e segundo alguns autores, a madeira desta árvore era a que constituía a maioria dos edifícios de Boston no século XVIII.
Começou por ser uma planta ornamental até se encontrar bastante difundida e passar a crescer de forma espontânea.
Em Portugal, esta espécie tem o estatuto de espécie invasora (listada no anexo I do Decreto-Lei n.º 565/99, de 21 dezembro). É considerada espécie invasora noutros locais da Europa (Espanha, França, Grécia, Hungria, Alemanha, Holanda, Reino Unido, Chipre), na Ásia (Israel, Turquia), na África do Sul, na América do Norte (Canadá, México, EUA), na América do Sul (Argentina), na Austrália e na Nova Zelândia. No entanto, apesar de ser considerada invasora, é de salientar que é muito fomentada na Europa de Leste, com uma grande área plantada, com destaque para a Hungria, em que representa 19% da área florestal desse país.
Os impactes desta espécie nos ecossistemas passam pelo facto de formar povoamentos densos monoespecíficos (por vezes formam um enorme clone ligado pelo sistema radicular) impedindo o desenvolvimento de espécies que precisem de sol. Além disso, produz muita folhada rica em azoto, que promove a alteração do solo e, em algumas regiões, as flores fragrantes de Robinia pseudoacacia competem com as espécies nativas pelos polinizadores.