Camélia

Nome vulgar: Cameleira ou japoneira
Nome científico:Camellia japonica

O nome de camélia foi dedicado à memória de Georg Joseph Kamel (em latim, Camellus) (1661-1706), um jesuíta, botânico e zoologista, que viajou para a Ásia no século XVII e trouxe para a Europa a camélia das Filipinas. Foi também inspiração para o romance do escritor francês Alexandre Dumas, o filho, A Dama das Camélias publicado pela primeira vez em 1848. Em japonês, esta planta designa-se tsubaki o que significa árvore de folhas luzidias.
Trata-se de um arbusto ou mesmo uma pequena árvore com origem na Ásia e que pode atingir mais de 3 metros de altura. Da mesma família da planta do chá, a Camélia apresenta inúmeras variedades e híbridos. É muito popular, sendo cultivada no mundo todo, tanto em climas tropicais, como temperados. As flores podem ser de diversos tipos, podendo ser grandes ou pequenas, simples ou dobradas, de diversas cores, sendo que as mais comuns são as brancas, as róseas e as vermelhas, e não são raras as bicolores.
A época de sua floração varia de acordo com o clima em que está inserida, podendo ocorrer desde o outono/inverno até durante todo o ano em regiões mais quentes. As flores podem ser colhidas e são bastante duráveis, desde que não sejam manipuladas, pois podem ficar com manchas escuras.
As plantas do género Camellia, de que faz parte Camellia japonica, apresentam variação na cor das flores, mesmo até na mesma planta. São duas as razões básicas que justificam este fenómeno: variação genética e infeção por vírus.
A variação genética está inscrita nos próprios genes da planta e é traduzida pelo aparecimento de manchas, estrias, picotado ou mudança da cor nas pétalas. A infeção por vírus ocasiona, além disso, transtornos no vigor da planta; mas também é verdade que o matizado resultante tem proporcionado variedades muito premiadas, como é o caso da camélia japónica “Ville de Nantes”.
Existem também novas camélias que foram originadas por mutações espontâneas, com influência na cor ou na forma, mediante mecanismos muito difíceis de explicar e que se relacionam com a própria evolução da espécie.
Inclusivamente, na própria planta podem coexistir ramos com flores de formas e cores distintas. Estes ramos mutantes são designados por “sports” e é possível obter (por vezes) a partir deles, por via vegetativa (enxertia), uma nova variedade cultivada com características perfeitamente fixadas ao longo dos anos.